Em qualquer documentário que tenha a música como objeto, quando entra um representante de uma rádio, ele tem que ser o lado mau. A rádio é má. É jabá, é vício, troca de favor, interesses escusos, etc, etc. Como entrevistar, então, a presidente de uma rádio apontada pelos artistas como a única que abriu um espaço para eles, sem ser tendecioso e chapa branca? O que esta pessoa pode acrescentar ao doc? O que justifica esta presença? A rádio precisa ser má ou pode ser boa? Ou pode não ser nada disso e ser apenas mais um personagem desta cadeia produtiva ?
Ariane Carvalho, presidente da MPB FM, nos recebeu e falou por cerca de 25 minutos. Não era a mais fácil das entrevistas. Foi boa, mas não foi a mais fácil das entrevistas. Não pela gentil Ariane, mas sobretudo pelas minhas próprias dúvidas em descobrir como é que aquele papo se relaciona, de fato, com toda essa história e não sucumbir à tentação. É um trabalho que vai continuar na mesa de edição.
Na foto aí de cima nem parece tanto. Mas a luz ficou linda.
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